Capitulo 14 – Finalmente o verão
15 anos – 10º ano – verão
Acordei às 6:30 da manhã para me arrumar para o ultimo dia de aula, me vesti exatamente do mesmo jeito que no primeiro dia de aula. A Alice estava terminado a maquiagem, que estava exageradamente rosa.
- A maquiagem está boa? – perguntou ela olhando para mim
- Muito rosa – respondi distraída.
- Pra mim está perfeita – disse saindo do quarto.
“então pra que perguntou” – pensei enquanto saia da quarto. Ela eram tão patricinha, que se não fosse totalmente mortal eu diria que era filha de Afrodite. Eu fui para a aula de física, meu lugar era ao lado da janela. Coloquei minhas coisas na mesa e fiquei olhando para a quadra lá embaixo (a sala era no 5º e ultimo andar da escola), tive a impressão de ver um lobo lá embaixo, mas alguém me chamou:
- Procurando o que? – perguntou um garoto de olhos castanhos e cabelo alaranjado.
- Nada – respondi
Quando olhei de volta para a quadra, o lobo não estava mais lá, instintivamente coloquei a mão no anel que Atena havia me dado no verão passado.
Mais pessoas entraram na sala e logo depois o professor de física, ele era alto, magro, olhos azul-celeste, cabelo loiro e devia ter uns 45 anos. Ele entregou as provas da semana passada e fez questão de me parabenizar na frente da turma toda por ter sido a única a tirar um “A+”.
No final do dia, Rafael Zampil – um dos meus irmãos – apareceu na porta da escola.
- Estava por perto, então decidi voltar para o acampamento como você – disse com um sorriso.
- Vamos logo, tem um licantropo me seguindo o dia todo. – disse baixo para ele.
Pegamos um taxi e fomos até a estrada próxima à colina meio-sangue, mas antes de entrarmos o licantropo apareceu. Eu peguei a lança-bracelete e encaixei o anel na ponta, quando ele avançou atravessei a lança nas suas costas e ele se desintegrou.
Quando entramos no acampamento estava quase na hora do jantar, contei ao Quíron tudo o que tinha acontecido naquele dia e depois fui para o refeitório. Parte do meu jantar foi para Atena.
- Atena – disse para o fogo – Obrigado mãe – murmurei.
Me sentei junto com os meus irmãos, Annabeth estava ao meu lado e à minha frente havia um garoto de 9 anos com olhos cinza e cabelo mel.
- Quem é ele? – perguntei à Annabeth
- Leandro Sade – disse ela – Leandro, essa é a Liliana, nossa conselheira chefe – disse à ele.
- Oi, eu cheguei no inverno e fui re... Reca... Reclado... – ele nãos conseguia falar.
- Reclamado – disse eu.
- Isso! – exclamou ele – fui re-cla-ma-do ontem – disse ele devagar.
Ao lado dele estava o Jim. A Nice pousou na ponta da mesa e disse olhando para eles: “Oba! Outras pessoas que me entendem”.
Todos nós rimos.
- Ai deuses! Nice, só você mesmo – disse ainda rindo.
Os outros campistas ficaram nos olhando, sem saber o que estava acontecendo.
O Charles havia saído em busca do Perseu para explodirem o “Princesa Andrômeda” e ainda não tinham voltado. Durante a noite eu sonhei com algo estranho: Alguém caia em uma armadilha e depois se afogava. Acordei no meio da noite, suando frio e demorei a dormir de novo.
Pela manha o Perseu volta sozinho ao acampamento, ele contou o que aconteceu. O Charles havia morrido porque um traidor contou ao Kronos o plano deles. O Charles era meu melhor amigo, tirando a “Nikodemos”, ele havia me ajudado a fazer todas as minhas armas: a adaga, o escudo-besta e a lança-bracelete, que ele tinha me dado no meu aniversário de 10 anos e agora ele estava morto.