Capitulo 15 – Quase morremos por causa de uma biga.

11/11/2014 16:37

15 anos – 10º ano – verão

 

  Os chalés de Ares e Apolo estavam enlouquecendo o acampamento por causa de uma biga. Depois de uma missão em que os dois chalés trabalharam juntos, cada um alegava que a biga era o seu despojo de guerra, uma discussão idiota que estava caminhado para uma guerra civil no acampamento.

  Tifón estava se aproximando do Olimpo e os deuses tentavam detê-lo, o que era claramente uma armadilha de Kronos para tira-los do Olimpo. Eu fui até a parede de escalada e em 2 minutos estava no topo recuperando o fôlego.

  - Ainda levo muito tempo – falei sozinho.

  - Sempre exigindo demais de si mesma; olhos brilhantes – disse alguém atrás de mim.

  Olhei para trás, havia alguém igual ao Nicolas usando um chiton e olhando para mim.

  - Não me admira que não me reconheça – disse ele – afinal, eu deveria estar morto.

  - Nick? – perguntei espantada

  - Depois que eu morri, pedi aos deuses para me tornar um deus e Atena atendeu o meu pedido – disse sorrindo – agora eu sou o deus das corujas.

  - Não deveria estar lutando contra Tifón?

  - Vim apenas te dar um aviso – disse se sentando ao meu lado – o senhor do tempo está avançando contra o Olimpo, nossa mãe sabe disso e tentou alertar Zeus...

  - Mas ele se recusa à abandonar a batalha contra o titã das tempestades – conclui.

  - Eu não diria isso – disse olhando para o céu – reúna o máximo de semi-deuses que puder e proteja o Olimpo.

  - O chalé de Ares não vai ajudar, eles estão em guerra com o chalé de Apolo por causa de uma biga.

  - Não se preocupe com isso agora – disse ele – chame as caçadoras, elas vão ajudar.

  - Não consigo fazer isso sozinha.

  - Você não esta sozinha, tem os seus irmãos – disse sorrindo – e o Perseu tem um plano, só não sabe disso ainda – disse se levantando.

  - Então ele não tem um plano.

  - prefiro pensar que ele ainda não percebeu que tem um plano – disse – confio em você olhos brilhantes, vai se sair bem – me deu um beijo na testa – preciso ir.

  Ele começou a brilhar e eu fechei os olhos, quando olhei de novo ele não estava mais ali. Desci a parede de escalada e fui até o riacho da floresta mandar uma mensagem de Íris para a Thalia.

  - Ó lady Íris, aceite minha oferenda – disse jogando uma dracma na água – Thalia Grace, caçadora de Artemis.

  A névoa tremeluziu e a Thalia apareceu.

  - Liliana? – perguntou surpresa.

  - Oi Thalia – disse meio tensa – preciso da ajuda das caçadoras. Tifón é só uma distração, a verdadeira ameaça será ao Olimpo.

  - Artemis já havia nos dito isso – disse um pouco preocupada – devemos chegar em alguns dias.

  - Obrigada.

  - Nos vemos lá – disse ela pouco antes de espalharmos a névoa.

  Voltei até a área dos chalés, os chalés 5 e 7 estavam discutindo outra vez por causa da biga. O Will a Clarisse discutiam:

  - A biga é um despojo de guerra do meu chalé! – disse ela.

  - Se não fosse o meu chalé, não haveria biga! – disse o Will

  - Parem com isso! – gritei para eles – Os titãs estão avançando contra o Olimpo e vocês ficam discutindo por causa de uma biga! – reclamei, já estava cansada daquela discussão idiota.

  - Liliana, você nem estava aqui durante a missão, então não se meta. – disse a Clarisse.

  - Não me importa se eu estava aqui ou não. – disse cerrando os punhos – o fato é que nós estamos no meio de uma guerra e vocês ficam brincando de guerra civil. – disse respirando fundo – tudo isso por causa de uma biga idiota.

  - Você não sabe o que aconteceu naquela missão – disse o Will.

  - E nem me interessa, não vou comprar a briga de vocês – respondi – a única coisa que eu quero é defender o Olimpo, que pelo andar da carruagem, vai ser atacado logo.

  Sai do meio deles e deixei que voltassem a discutir, fui até a casa grande contar ao Quíron o que o Nicolas tinha me dito. Os dias se passaram até que o Perseu mandou uma mensagem de Íris para o acampamento pedindo que todos fossem para o centro de Nova York.

  Argos nós levou, cerca de 40 semi-deuses, já que ninguém conseguiu convencer a Clarisse a vir. Quando chegamos lá ele nos dividiu para defendermos uma ponte ou túnel.

  O chalé 9 ficou o túnel Holand, o meu chalé com a ponte Queensboro, o chalé 10 com o túnel Queens-Midtown, o chalé 7 com a ponte Williamsburg, o chalé 11 foi dividido entre a ponte do Brooklin e a ponte de Manhattan, o chalé 4 ficou com o túnel Brooklin-Battery e o chalé 5 ficaria com o túnel Lincon, se tivesse aparecido, mas a Thalia chegou e ficou com o túnel.

  Annabeth e Perseu foram resolver alguns detalhes, ela ativou o plano Dédalo 23 e ele foi pedir ao Hudson e ao East para afundarem os navios de Kronos.

  Cada chalé foi para onde deveria ir, mas ficava difícil andar em meio a tantas pessoas dormindo nas ruas – isso era culpa de Morfeu, que havia ficado do lado dos titãs assim como alguns outros deuses.

  Ao anoitecer a batalha começou, Manhattan ficou um caos, e pra piorar a situação ainda tinha um pequeno problema de 7 cabeças cuspindo veneno nos meus irmãos. Leandro, Jim e Iago estavam competindo para ver quem matava mais monstros, meus outros irmãos estavam ocupados demais tentando não morrer, então eu, o Rafael e Malcolm, lutamos contra a hidra.

  - Em hipótese alguma, cortem as cabeças – disse desviando do jato de veneno.

  - Sabemos disso – disseram em coro.

 Eu lutava de escudo e lança, quando o monstro se preparou para outro jato de veneno eu tirei o escudo do braço, joguei no chão em direção ao monstro e me joguei sobre o escudo, deslizando por baixo da hidra e a perfurei com a lança, o sangue dela caiu a milímetros de mim, fazendo um buraco no chão – até o sangue dessa coisa era feito de veneno – me levantei em frente a um exercito de telquines e destrói a primeira fileira com um único golpe da lança.

  Coloquei o escudo de volta no braço esquerdo e me virei para a hidra, que estava tentando abocanhar o Malcolm e o Rafael, subi nas costas dela, o que chamou atenção das suas sete cabeças e jogaram acido na minha direção, desviei saltando das suas costas e parando em pé ao lado deles. O acido não fez sequer cocegas no monstro.

  - Precisamos de fogo – disse o Rafael – mas onde?

  Olhei para trás, havia uma loja de fogos de artifício aberta.

  - Não é fogo grego, mas vai servir – disse ainda olhando para trás.

  Eles olharam também, levamos a hidra até a entrada da loja, havia fogos espalhados por tudo o chão da loja, o Rafael tirou um isqueiro do bolso, acendeu e jogou na loja, a mira foi perfeita, caiu em uma caixa repleta deles e virados na direção do monstro. Nós nos jogamos para o lado e a hidra virou uma mistura de pó de monstro e pólvora espalhado pelo chão.

  Ficamos lutando a noite toda contra aquele exercito, que estava nos fazendo recuar, quando estávamos próximos ao Empire State começou a amanhecer e o exercito foi embora – eles eram mais fortes a noite.

 


Crie um site grátis Webnode