Capitulo 9 – Quintus é meu meio-irmão
14 anos – 9º ano – verão
Perseu e Annabeth chegaram naquela tarde e conheceram nosso novo professor de esgrima, Quintus (quinto em latim), ele era bom, mas já o tinha derrotado algumas vezes. Ele tinha um cão infernal do tamanho de um SUV, mas eu preferia manter distância da Sr. O’leary, tinha péssimas experiências com cães infernais.
Praticamos “caça ao escorpião gigante com uma cora de louro nas costas” ao invés de captura a bandeira. Quintus nos dividiu em duplas: os irmãos Stoll ficaram juntos, Annabeth com o Perseu, Beckendorf com a Silena, eu com o Arthwr e a mais estranha foi o Iago e o Bernard, filhos de Ares e Atena juntos, isso não ia dar certo.
Perseu e Annabeth desapareceram logo no inicio da caçada e só reapareceram horas depois, mas para eles não passaram de 5 minutos; eles haviam encontrado uma das entradas do labirinto de Dédalo (mais conhecido com labirinto do Minotauro, apesar de ele não ter sido o construtor).
O labirinto original tinha sido construído na ilha de Creta e se espalhado por toda a Grécia, depois na época dos romanos, por toda a Europa e agora se espalhava por toda a América. (só falta a Oceania para se espalhar no mundo todo, já que ele provavelmente também tinha crescido na África, a partir do Egito).
Annabeth liderou uma missão pelo labirinto, para encontrar Dédalo, mas ela levou mais três pessoas com ela (o que era quebrar a regra de apenas três em uma missão), Grover, Tyson e Perseu. Ela não disse toda a profecia do Oráculo, mas ela precisava levar todos eles junto era porque não era uma das melhores profecias.
Uma das corujas da floresta viu o Quintus bisbilhotando a entrada do labirinto logo depois que eles saíram em missão, depois disso fiquei vigiando-o discretamente.
Numa tarde fui até a arena praticar alguns golpes que eu estava planejando desde a primavera. Quintus estava lá com aquele cão infernal, ela veio correndo na minha direção, mas parou com um ganido quando eu desembainhei a espada e apontei para ela.
- Ela não vai te machucar – Disse Quintus.
- Não gosto de cães infernais, da ultima vez que um correu na minha direção... – minha voz falhou e eu embainhei a espada.
- Ela não é como os que enfrentou - disse jogando algo longe para ela.
Ele tinha um sotaque muito parecido com o meu, o sotaque de alguém que ficou muito tempo falando grego antigo e ainda se adaptava ao novo idioma, mas era um sotaque tão sutil que só um dos meus irmãos perceberia.
- Você não é dessa época, reconheço alguém da Ellas antiga quando vejo – disse – digo, Grécia antiga.
- Nem você parece dessa época – disse ele e por um instante seus olhos pareceram cintilar (mesmo contra a Luz) – Terra dos lotofagos, não é?
Como ele sabia disso? De repente algo estalou na minha cabeça, se ele fosse mesmo quem eu estava pensando que era... Pelos deuses!
- E você quanto tempo ficou naquele labirinto, caro irmão? – perguntei e para minha surpresa ele ficou branco.
- O que te faz pensar que eu sou filho de Atena? – perguntou ele recuperando a cor.
- o Fato de eu saber quem você realmente é – disse, depois assobio e a Nice pousou no meu ombro.
“Oi, Quintus!” – disse ela e automaticamente ele respondeu:
- Oi Nice – ele fez uma careta ao perceber que tinha acabado de se entregar.
- Não se preocupe, não vou sair por ai dizendo que você é o Dédalo.
- Não repita esse nome – disse meio nervoso.
- Quintus – corrigi, desembainhado a espada e abrindo a lança-bracelete.